Por que os medicamentos genéricos e os de referência são
intercambiáveis?
O produto
farmacêutico intercambiável é o equivalente terapêutico de um Medicamento de
Referência quando comprovados, essencialmente, os mesmos efeitos de eficácia e
segurança. A intercambialidade é a substituição do Medicamento de Referência
pelo seu Genérico. Ela é baseada nos testes de biodisponibilidade e/ou
equivalência farmacêutica a que são submetidos os genéricos e que são
apresentados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde.
Essa intercambialidade somente poderá ser solicitada pelo médico ou realizada
pelo farmacêutico responsável da farmácia ou drogaria e deverá ser registrada
na receita médica.
O que são Medicamentos Similares?
São
medicamentos que contêm o(s) mesmo(s) princípio(s) ativo(s), apresentam a mesma
concentração, fórmula farmacêutica, via de administração, posologia e indicação
terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do Medicamento de Referência registrado
no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, devendo sempre ser
identificado por nome comercial ou marca. Entretanto, não são intercambiáveis
com este nem com os Medicamentos Genéricos. Assim como os Medicamentos de
Referência, os Similares são identificados por um nome de marca e não pelo
princípio ativo, como os Genéricos. Com base nos exercícios
anteriores, apresentados pelos alunos (Professor César Venâncio – 2012-2013) das
turmas I, II, II, escolhemos 16 perguntas interessantes para estimular o
aprendizado.
1.
O que são Medicamentos Genéricos?
O
medicamento genérico é aquele que contém o mesmo fármaco (princípio ativo), na
mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma
indicação terapêutica do medicamento de referência no país, apresentando a
mesma segurança que o medicamento de referência no país podendo, com este,
serem intercambiáveis. A intercambialidade, ou seja, a segura substituição do medicamento
de referência pelo seu genérico é assegurada por testes de bioequivalência
apresentados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, do Ministério da
Saúde. Essa intercambialidade somente poderá ser realizada pelo farmacêutico
responsável, pela farmácia ou drogaria e deverá ser registrada na receita
médica.
2.
O que são medicamentos similares?
Os
similares são medicamentos que possuem o mesmo fármaco, a mesma concentração,
forma farmacêutica, via de administração, posologia, indicação terapêutica e
qualidade do medicamento de referência, mas não são intercambiáveis com este.
São identificados por um nome de marca e também não são intercambiáveis com os
genéricos e vice-versa.
3.
O que são medicamentos de referência?
São,
normalmente, medicamentos inovadores, cuja eficácia, segurança e qualidade
foram comprovadas cientificamente, por ocasião do registro junto ao Ministério
da Saúde, através da ANVISA. São os medicamentos que, geralmente, se encontram
há bastante tempo no mercado e têm uma marca comercial conhecida.
4.
Como identificar os medicamentos existentes no mercado brasileiro: genéricos e
os de marca?
A
diferença está na embalagem. Apenas os medicamentos genéricos contêm, em sua
embalagem, logo abaixo do nome do princípio ativo que os identifica, a frase
"Medicamento Genérico - Lei nº 9.787, de 1999". Além disso, os
genéricos são identificados por uma grande letra "G" azul impressa
sobre uma tarja amarela, situada na parte inferior das embalagens do produto. É
o que estabelece a Resolução RDC n° 333, de 19 de novembro de 2003.
5.
O medicamento genérico tem o mesmo efeito do medicamento de referência?
Sim.
O medicamento genérico é o único que pode ser intercambiável com o medicamento
de referência (ou seja, substituído), por apresentar os mesmos efeitos e a
mesma segurança, demonstrados nos testes de equivalência farmacêutica e de
bioequivalência realizados.
6.
Quem faz os testes de equivalência farmacêutica e bioequivalência que
possibilitam que um medicamento receba o registro como genérico?
Os
testes de equivalência farmacêutica e bioequivalência são realizados em centros
habilitados e autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
7.
O que é o teste de equivalência farmacêutica?
É
o teste realizado com o medicamento genérico, onde ele deve conter o mesmo
princípio ativo, na mesma quantidade e com as mesmas características ao seu
medicamento de referência. Essa equivalência farmacêutica é exigida pela
legislação brasileira e os testes são realizados "in vitro" (não
envolve seres humanos), em laboratórios de controle de qualidade habilitados
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
8.
O que é biodisponibilidade?
A
biodisponibilidade relaciona-se à quantidade e à velocidade de absorção do
princípio ativo do medicamento para a corrente sanguínea. Quando dois
medicamentos apresentam a mesma biodisponibilidade no organismo, sua eficácia
clínica é considerada comparável.
9.
O que é o teste de bioequivalência?
O
teste de bioequivalência consiste na demonstração de que o medicamento genérico
e seu respectivo medicamento de referência (aquele para o qual foi efetuada
pesquisa clínica para comprovar sua eficácia e segurança antes do registro)
apresentam a mesma biodisponibilidade no organismo. O teste de bioequivalência
assegura que o medicamento genérico é equivalente terapêutico do medicamento de
referência, ou seja, que apresenta a mesma eficácia clínica e a mesma segurança
em relação ao seu de referência.
10.
O que é princípio ativo?
É
a substância existente na formulação do medicamento, responsável pelo seu
efeito terapêutico, ou seja, pela sua ação no organismo. Também se denomina
fármaco.
11.
Como devem atuar os médicos, no momento da prescrição da receita?
A
prescrição de genéricos deve ser feita pela denominação genérica do
medicamento, que é o nome oficial do princípio ativo. No âmbito dos serviços de
saúde do SUS (Sistema Único de Saúde) é obrigatória a prescrição pela
denominação genérica e, nos demais serviços de saúde cabem ao profissional
responsável a decisão pelo nome genérico ou pelo nome de marca.
12.
O médico pode proibir a troca do medicamento de referência pelo genérico?
O
profissional poderá restringir a intercambialidade, ou seja, a substituição do
medicamento de referência pelo genérico, todavia, esta orientação deverá ser
escrita de próprio punho, de forma clara e legível.
13.
Como proceder se na farmácia não tiver o medicamento genérico prescrito?
O
paciente deverá procurar outro estabelecimento que possua o genérico ou, caso
esse não exista, adquirir o medicamento de referência para o princípio ativo
prescrito, sob devida orientação do farmacêutico responsável. O paciente
poderá, também, procurar novamente o médico, para a troca da receita.
14.
Quais as vantagens do medicamento genérico?
Ter
qualidade, atestada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e ter,
comprovadamente, menor custo que o medicamento de referência correspondente.
15.
Por que o medicamento genérico é mais barato que o medicamento de referência?
Porque
os fabricantes de medicamentos genéricos não necessitam fazer investimentos em
pesquisas para o seu desenvolvimento, visto que as formulações já estão
definidas pelos medicamentos de referência. Outro motivo para os preços
reduzidos dos genéricos diz respeito ao marketing. Os seus fabricantes não
necessitam fazer propaganda, pois não há marca a ser divulgada.
16.
É preciso receita médica para comprar um medicamento genérico?
Sim.
Qualquer medicamento, exceto os de venda livre, seja de marca ou genérico, deve
ser vendido mediante apresentação da prescrição médica. A automedicação é uma
prática perigosa que pode causar muitos problemas à saúde.
17.
Em que outros lugares do mundo os genéricos já foram implantados? Deu certo?
Os
Estados Unidos e muitos países da Europa já adotam políticas semelhantes há
mais de 20 anos. O mercado mundial de medicamentos genéricos cresce,
aproximadamente, 11% ao ano. Nos Estados Unidos, a participação do receituário
de genéricos alcançou cerca de 42% das prescrições. Os EUA, o Japão e a
Alemanha representam cerca de 60% do mercado mundial de genéricos, cuja
expansão é inevitável. Os medicamentos vendidos pelo nome do princípio ativo
deram tão certo, nos EUA, que o mercado de genéricos representa 72% do
receituário médico, a um custo médio de 30% mais barato em relação ao
medicamento de marca.
18.
As indústrias multinacionais instaladas no Brasil fabricam mais similares ou
genéricos? E as nacionais?
As
indústrias farmacêuticas estrangeiras ou multinacionais, instaladas no Brasil,
fabricam mais medicamento de referência ou de marca, porque fazem pesquisas em
grandes centros de alta tecnologia no seu país de origem e possuem grande
capital para investir. No entanto, essas indústrias também produzem similares e
genéricos. As indústrias nacionais têm maior produção de medicamentos similares
e, atualmente, os medicamentos genéricos já fazem parte da produção nacional.
19. Os medicamentos controlados (sujeitos a controle especial) também podem ser
substituídos por genéricos? Sim, podem. A substituição de um produto de marca
pelo seu equivalente genérico é regulamentada pela Resolução RDC nº 135. Lá
estão descritos os critérios e procedimentos que devem ser observados pelos
profissionais de farmácias ao dispensar genéricos, inclusive em substituição
aos medicamentos de referência sujeitos a controle especial.
Os
medicamentos contêm substâncias químicas que podem contaminar o solo e a água e
não devem ser descartados no lixo comum. O problema é que boa parte da
população não sabe disso, não há orientação. Pensando nisso, você, auxiliar de
farmácia, cidadão consciente estimule na sua comunidade a criação de postos de
descarte de medicamentos vencidos como parte do Programa de Proteção ao Meio
Ambiente. Consulte antes as autoridades sanitárias. Participe, pois CUIDAR DO
PLANETA FAZ BEM À SAÚDE!
Situações
inaceitáveis:

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