Protocolo 17.151.048 – 2021. 26 de junho de 2021, as 10:30:57

Protocolo 17.151.048 – 2021. 26 de junho de 2021, as 10:30:57 Análise da web de classe empresarial. Apresentada na plataforma de nível internacional do Google.
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sábado, 26 de junho de 2021

AUTO MEDICAÇÃO NA ERVANARIA.

 AUTO MEDICAÇÃO NA ERVANARIA.

Você extrapola na comida e abusa do álcool. No dia seguinte, ao acordar com a sensação de que foi atropelado, já dá o diagnóstico: é o fígado. E tome chazinho de boldo e remédio "hepático". Mas o fígado, provavelmente, não é o responsável pelo incômodo sentido. Ele costuma sofrer em silêncio. É isso, aliás, o que mais preocupa os médicos da área. "O indivíduo pode passar anos desenvolvendo uma hepatite (como a alcoólica ou a causado por vírus) e não manifestar sintomas. Muitas vezes, quando a doença é descoberta já se transformou em cirrose", diz Hugo Cheinquer, professor de gastroenterologia e hepatologia da faculdade de medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. "A chance de tomar um porre e adoecer do fígado é mínima. Mesmo quando estamos falando de bebedores contumazes, nem todos são acometidos pela hepatite alcoólica. Os ocasionais, menos ainda", diz Mario Kondo, professor adjunto de gastroenterologia da Universidade Federal de São Paulo. A comida, então, passa longe das preocupações desses médicos. "Não tem um alimento que machuque o fígado".

"O que pode causar doença é o estilo de vida", diz Cheinquer. Por estilo de vida ele quer dizer sedentarismo e hábitos que levam à obesidade. Nesses casos, é possível a pessoa desenvolver um distúrbio chamado esteatohepatite não-alcoólica, que pode levar a quadros graves, como a cirrose, mas que, também, é sofrido silenciosamente pelo fígado até manifestar os sintomas. Portanto, o desconforto causado por um excesso ocasional de comidas gordurosas ou doces não é uma manifestação do fígado.  "Comidas gordurosas podem fazer a vesícula biliar "reclamar", não o fígado", explica Kondo. O gosto amargo na boca e a presença de bile no vômito são manifestações da vesícula. Como a bile é produzida no fígado, é ele quem leva a culpa. Cuidado com os exageros: embora os médicos digam que uma extrapolada de vez em quando não faz diferença, eles lembram que há um risco, embora mínimo, de uma hepatite alcoólica aguda, no caso de a pessoa beber uma quantidade muitíssimas vezes maior do que a habitual. É raro, mas não dá para prever o limite de cada organismo. No caso do estrago mais comum - a popular ressaca-, o melhor é "deixar quieto". "O fígado tem uma capacidade de regeneração especial. Se a pessoa não tiver doenças prévias, ele consegue refazer suas células sem deixar cicatrizes", conta Cheinquer. Portanto, repouso, comidinhas leves e muito líquido ainda são os melhores remédios.

 

Ervanaria(sf (erva+n+aria)Estabelecimento de comerciante em plantas medicinais).

A ervanaria não está legalizada no Brasil. Assim vamos tomar como base o direito internacional comparado.  Uma ervanária é um estabelecimento comercial que comercializa produtos naturais ou fabricados com recurso apenas a elementos retirados da natureza. Contrariamente ao que o substantivo quer dizer, comércio de ervas, é completamente desajustado, já que estes estabelecimentos vendem uma pouco de tudo, como na farmácia. Talvez a grande diferença entre farmácias e ervanárias esteja na legislação que regula uma e outra. O INFARMED(O INFARMED é a autoridade competente do Ministério da Saúde, com atribuições nos domínio da avaliação, autorização, disciplina, inspecção e controlo de produção, distribuição, comercialização e utilização de medicamentos de uso humano, incluindo os medicamentos à base de plantas e homeopáticos, e de produtos de saúde (que incluem produtos cosméticos e de higiene corporal, dispositivos médicos e dispositivos médicos para diagnóstico in vitro) em Portugal) – Correspondente a ANVISA DO BRASIL-,  é rigoroso na atribuição de licenças/alvarás para abertura de farmácias, já as ervanárias não obedecem aos mesmos requisitos. Os produtos que podemos encontrar nas ervanárias: plantas medicinais, Adelgaçantes, suplementos alimentares, vitaminas, alimentação e cosmética. Plantas medicinais. Os produtos que deram nome a esta actividade, pois na génese do negócio apenas vendiam estas plantas com propriedades medicinais, ou seja, curavam, saravam, reestabeleciam as pessoas das suas mazelas. Ainda hoje existem receitas caseiras, para grande parte dos sintomas, por exemplo: chá de flor de laranjeira, chá de flor de carqueja, água de malvas, aguardente, etc. Estes remédios, vêm dos conhecimentos populares, e por vezes funcionam apenas psicologicamente, contudo o que interessa são os resultados. Também os efeitos secundários da toma destes milagres naturais podem ser variados e por vezes não estudados. Os chás e as infusões são talvez o produto mais associado a este ramo e apresentam soluções alternativas à medicina convencional. Por exemplo, nos casos extremos, como o cancro, ou noutros em que a cura poderá ser difícil, é natural recorrer-se a tudo o que possibilite salvar o familiar, assim estes produtos apresentam-se como a única alternativa, quando todas as prescrições médicas falharam.

Adelgaçantes.

Num mundo onde a imagem é tudo, a alimentação, distúrbios físicos ou mentais, ou até mesmo, efeitos secundários de certas medicações podem levar ao aumento de peso. As pessoas que se preocupam com a imagem e também com a sua saúde, tendem a procurar estar dentro do equilíbrio altura versus peso. Para manter ou recuperar o peso ideal socorrem-se de tratamentos com vista à redução de peso e melhoramento da imagem. O assunto dietas,  por si só, é um negócio! Assim os produtos naturais dietéticos são dos produtos que mais se vendem nas ervanárias.

Suplementos alimentares, vitaminas.

Se uns querem perder peso, outros querem ganhar massa muscular, ou até mesmo alguma massa corporal para obter a imagem desejada. É o 2 em 1, por uma lado oferece-se produtos para emagrecimento mas por outro produtos cujo efeito é exactamente o oposto.

Alimentação.

Na secção alimentar podem ser encontrados produtos de base biológica, alimentação integral e até alimentos para desportistas, com concentrados de substâncias para dar resposta ao elevado nível de exigência. Alguns dos produtos também são vendidos nas grandes superfícies comerciais, por exemplo bolachas integrais.

Cosmética.

Também a cosmética têm vindo a marcar espaço nas prateleiras das lojas de produtos naturais, é um mercado  (cosmética) de mais de 300 milhões de Euros/ano, assim mesmo não representando muito volume de vendas e dada a sua validade, superior a 2 anos, pode ser facilmente argumentado aos seus clientes. Aliás existem já cadeias que comercializam exclusivamente produtos cosméticos naturais. Numa altura em que cada vez mais o lema: “less is more” está a ganhar terreno a cosmética também quer chegar a esse nicho de mercado.

Considerações.

Este é um negócio com características muitos especiais, o mesmo se aplicando aos seus clientes. Estes têm que acreditar nos poderes dos produtos citando como exemplo o sumo de Aloé Vera ou de Mangostão. Após a leitura da descrição de alguns produto ficamos com a sensação que actuam em várias vertentes (vários males) e parecem mesmo autênticas “cantigas”. Exemplo:  Sumo Natural xxxx. Poderoso estabilizador do organismo …. Promove a  eliminação de toxinas. Usado em situações de debilidade física, doenças inflamatórias crónicas (aparelho digestivo, cardio-circulatório, urinário, respiratório e locomotor).

As ervanárias como negócio.

Claro, que se existe procura existe oportunidade de negócio, assim convêm fazer um análise ao mercado, para aferir a viabilidade, do negócio, por exemplo realizando questionários à população onde se quer implementar. O que é transversal a muitos negócios. Talvez a adicção de serviços complementares possa representar valor adicional para o cliente, mas sem inventar muito! Oferecer consultas de nutricionismo, parece-me uma boa ideia para fomentar a venda de produtos representados, contudo não nos podemos esquecer que os serviços adicionais representam um custo que deverá ser ponderado.

Ameaças ao negócio.

Na minha breve análise a este mercado, parece-me algo desregulado ou fiscalizado, assim com o crescente aumento de legislação, é possível que venham a definir melhor esta actividade criando regras e directrizes a seguir , pois é comparável às farmácias. Talvez por ser uma actividade de pequena dimensão, e ainda não faça frente às tradicionais fontes de medicação é que se tem mantido à margem de uma apertada legislação. No entanto, caso venha a florescer será natural que o INFARMED se ponha em campo encerrando os estabelecimentos que comercializem produtos que venham contra os seus mandamentos (existe muita regulamentação sobre o assunto). Antes de concluir o artigo, gostaria de salientar que este foi, para mim, o artigo sobre negócios mais difícil para emitir uma opinião já que não sou cliente deste tipo de lojas, nem tenho qualquer interesse nesta actividade.

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